Se você acompanha os conteúdos em nosso blog e em nossas redes sociais, com certeza já ouviu falar sobre o sistema endocanabinoide. Se você ficou interessado em saber mais sobre esse sistema batizado em homenagem à Cannabis, tão importante para o funcionamento do nosso organismo e recentemente descoberto pela ciência, acompanhe este artigo até o final e tire todas as suas dúvidas.
A descoberta do sistema endocanabinoide
Raphael Mechoulam, considerado pela comunidade científica o pai da Cannabis medicinal, junto com sua equipe de cientistas em Israel, foi o responsável pela constatação de que possuímos o sistema endocanabinoide em nosso corpo e temos a capacidade de produzir nossos próprios canabinoides. Ele descobriu primeiro o THC (tetra-hidrocanabinol), em 1964. Após essa descoberta, e já sabendo que os canabinoides interagiam com o corpo humano há milênios, ele passou a estudar como acontecia essa interação dentro do nosso organismo.
Já nos anos 90, após muitas pesquisas científicas, este grupo de cientistas liderados pelo Dr. Raphael Mechoulam descobriu que o nosso corpo produzia um canabinoide, que recebeu o nome de anandamida, significando paz e calma interior. Em meio a esta descoberta, observou-se que diversos processos corporais envolviam esse endocanabinoide, descobrindo-se assim o sistema endocanabinoide e suas diversas possibilidades.
As descobertas da equipe do Dr. Mechoulam foram as responsáveis pelos grandes avanços científicos envolvendo a Cannabis medicinal que pudemos desenvolver nas últimas décadas. Seu legado é considerado uma grande revolução da medicina.
O que é o sistema endocanabinoide?
Após as descobertas dos canabinoides e de seus usos medicinais, a ciência procurou entender como os canabinoides agiam no corpo e por que eram tão eficientes no tratamento de algumas doenças. Essas pesquisas deram nome a um sistema fisiológico que possuímos em nosso organismo desde sempre, mas que só foi descoberto em meados dos anos 90: o sistema endocanabinoide. Ele está espalhado por todo o corpo humano e é composto por receptores e enzimas que atuam na comunicação entre as células e os processos do corpo. Seu grande objetivo é a regulação das funções corporais.
Como funciona o sistema endocanabinoide?
O sistema endocanabinoide existe para garantir que os processos corporais permaneçam funcionais e em equilíbrio. A homeostase, que nada mais é do que o equilíbrio das funções corporais, é o processo corporal mais afetado pelo sistema endocanabinoide.
Nosso corpo, através do sistema endocanabinoide, produz os próprios canabinoides, os chamamos de canabinoides endógenos, a anandamida e o A2G (2-araquidonilglicerol), que se ligam aos receptores endocanabinoides CB1 e CB2 para transmitir informações para as células, atuando como mediadores das funções que essas células irão desempenhar no corpo.
Todos os nossos sistemas corporais buscam constantemente atingir a homeostase. Quando as funções fisiológicas não estão em equilíbrio, podem desencadear uma série de doenças. É aí que entram os canabinoides exógenos, conhecidos também como fitocanabinoides, os canabinoides encontrados nos vegetais.
Os canabinoides exógenos, destacando o CBD e o THC, que são os canabinoides da Cannabis medicinal, apresentam uma estrutura molecular semelhante à dos canabinoides endógenos e, por esse motivo, são capazes de “enganar” o nosso corpo, conectando-se com os receptores endocanabinoides e permitindo que estes receptores voltem a desempenhar o seu papel no equilíbrio das funções corporais.
Onde estão presentes no corpo os receptores canabinoides?
Nós temos em nosso corpo dois receptores canabinoides, o CB1 e o CB2, que atuam em diferentes áreas do corpo e realizam diferentes funções.
Os receptores CB1 são abundantes em nosso organismo e podem ser encontrados por todo o corpo humano, mas estão, em sua maioria, em nosso sistema nervoso. A ciência já mapeou receptores CB1 no cérebro, medula espinhal, tecido adiposo, fígado, pâncreas, sistema reprodutor e sistema digestório.
Já os receptores CB2 são encontrados com muito menos intensidade no organismo e estão, em sua maioria, em nosso sistema imunológico, mas também já foram mapeados no fígado, no tecido adiposo, nos ossos, no sistema reprodutor e no sistema digestório.
Como estimular o funcionamento do sistema endocanabinoide?
Como já sabemos, o sistema endocanabinoide é o responsável por manter o equilíbrio das funções corporais e, quando encontra-se comprometido, a escassez da produção dos nossos canabinoides endógenos causa um desequilíbrio que pode originar diversas doenças. Desta maneira, é preciso mantê-lo funcional e equilibrado a fim de melhorar a qualidade de vida.
Existem algumas maneiras de estimular o nosso sistema endocanabinoide a encontrar a homeostase. Vamos ver quais são?
Fitocanabinoides
Os fitocanabinoides, conforme já explicamos, são os canabinoides encontrados nas plantas. Eles possuem uma estrutura molecular muito semelhante à dos canabinoides endógenos que o nosso corpo produz, então conseguem desempenhar o mesmo papel no organismo quando há uma deficiência dos nossos endocanabinoides. A Cannabis é uma planta que produz canabinoides em abundância, possuindo mais de 100 diferentes canabinoides em sua composição, e por isso é a melhor alternativa medicinal para o equilíbrio do sistema endocanabinoide. Além disso, há outras plantas que também possuem canabinoides em sua estrutura e podem ser consumidas em uma dieta saudável para quem busca uma melhor qualidade de vida. A lista é vasta, mas podemos destacar a pimenta preta, a pimenta malagueta, o gengibre, o cacau e as famosas trufas.
Exercício físico
Sabemos que fazer exercícios estimula o corpo. Com o sistema endocanabinoide não é diferente. Já foi observado em pesquisas científicas que a prática de exercícios aeróbicos, como corrida, natação e ciclismo, pode reforçar a produção da anandamida no nosso sistema endocanabinoide, mantendo a homeostase.
Ácidos graxos essenciais
Apesar de o ômega-3 e o ômega-6 não estarem diretamente relacionados com a produção de canabinoides endógenos, eles também podem ser utilizados pelos receptores CB1 e CB2 para manter o equilíbrio fisiológico, sendo considerados por estudiosos da área substâncias endocanabinoides.
Pesquisas científicas já comprovaram que a ingestão de uma dieta rica em ômega-3 aumenta a sensibilidade do receptor CB1, principalmente nos receptores presentes no sistema nervoso central. Por isso os óleos de CBD Full Spectrum da Pangaia contêm ômega-3 em sua composição. Confira clicando aqui.
Cariofileno
O cariofileno é um terpeno presente na Cannabis e em muitas outras plantas ao redor do mundo, estando mais em evidência nas ervas aromáticas. Ele também é capaz de atuar como um canabinoide no sistema endocanabinoide, ligando-se com o receptor CB2. A pimenta preta, o lúpulo, o cravo, o orégano e o alecrim são exemplos de ervas que contêm cariofileno em sua composição.
O sistema endocanabinoide é um complexo sistema do nosso corpo e, apesar de a ciência já ter avançado nas descobertas ao redor deste sistema, ainda há muito a percorrer, afinal ele foi descoberto somente na década de 90, enquanto o sistema nervoso central, por exemplo, já é estudado há milhares de anos.
Se você se interessou e quer saber o que significa cada termo desta leitura, te convidamos a ler nosso Dicionário da Cannabis Medicinal.
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