O uso da Cannabis medicinal tem registros milenares, mas algumas descobertas sobre suas propriedades medicinais são bem atuais.
Com o crescente interesse da comunidade científica e os resultados animadores em pesquisas envolvendo esta substância natural, podemos esperar que ainda mais evoluções e descobertas descobertas façam com que a Cannabis seja uma revolução no futuro da medicina. Mas, enquanto isso não acontece, descubra com a gente as pesquisas científicas mais relevantes do mundo envolvendo a Cannabis medicinal na atualidade.
Um panorama geral
Desde meados de 1960, quando o Dr. Raphael Mechoulam descobriu que os humanos possuem em seu corpo o sistema endocanabinoide, constatando que temos em todo o nosso corpo receptores endocanabinoides que se conectam com os canabinoides, muitas descobertas científicas foram realizadas. Entre elas, podemos destacar os efeitos analgésicos, anticonvulsivantes, anti-inflamatórios, antieméticos, antidepressivos, ansiolíticos e até neuroprotetores, que levaram a planta a ser uma realidade em diversos tratamentos de diversas condições e doenças, como a doença de Parkinson, a epilepsia refratária, o glaucoma, a enxaqueca, o autismo, o reumatismo e muitas outras.
Mas, nos últimos anos o tema ficou tão em alta em todo o mundo que muitos países se animaram a entrar nessas descobertas. Veremos agora algumas pesquisas relevantes feitas nos últimos 10 anos em diversos países do mundo.
Brasil
Pesquisa sobre Cannabis medicinal no tratamento do Alzheimer
O Alzheimer é uma patologia degenerativa e sem cura, porém tem tratamento e, quando descoberta cedo, os resultados são promissores, existindo assim uma chance de manter a qualidade de vida.
Na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), o professor Francisney Nascimento recebeu uma paciente com demência que estava tendo resultados promissores ao se tratar com um óleo misterioso e, após uma investigação, descobriu que era um óleo rico em THC.
A universidade então iniciou, em setembro de 2020, um ensaio clínico randomizado, duplo-cego — quando pacientes que recebem o medicamento ou placebo não sabem qual substância estão utilizando — com o THC e o CBD como tratamento para pacientes da doença de Alzheimer.
A universidade, em outro momento do passado, realizou uma pesquisa com um paciente idoso que foi diagnosticado com Alzheimer, e o resultado foi estarrecedor: o idoso de 75 anos teve remissão dos sintomas e hoje tem os mesmos índices de memória de idosos da mesma idade que não apresentam a doença.
Estudo clínico do Incor para o tratamento de insuficiência cardíaca com CBD
Recentemente, o Incor iniciou o primeiro estudo clínico de que se tem conhecimento no mundo envolvendo o CBD no tratamento da insuficiência cardíaca.
Essa patologia acomete 2% da população mundial e é a principal causa de morte cardiovascular no Brasil. O estudo, que foi iniciado em agosto de 2021, tem como objetivo avaliar se o canabidiol tem condições de melhorar a qualidade de vida dos pacientes com insuficiência cardíaca, que não possuem fôlego nem para as coisas mais simples do dia a dia.
A pesquisa conta com 105 pacientes portadores da insuficiência que serão acompanhados durante dois anos. Metade desses pacientes receberá placebo e a outra metade receberá canabidiol e serão acompanhados por dois anos. É uma pesquisa muito inovadora e interessante para a visibilidade do Brasil na ciência e no universo da Cannabis medicinal.
Estados Unidos
Estudo sobre a Cannabis medicinal para reduzir o uso de opioides da Universidade de Michigan
A Universidade de Michigan conduziu um estudo, entre 2013 e 2015, com mil pacientes usuários de opioides para observar a redução da dependência que os compostos podem causar. Desta amostra, 53% passaram a utilizar também a Cannabis para a dor. Dos mais de 500 pacientes que utilizaram Cannabis, 65% optaram por descontinuar o uso de opioides e continuaram o uso dos canabinoides para o tratamento de suas dores crônicas, relatando melhor controle da dor e menos efeitos colaterais.
Ainda na mesma universidade foi realizada uma pesquisa com 878 pacientes com fibromialgia — uma doença reumatológica que causa muitas dores musculares — que faziam uso de opioides. Esses pacientes já haviam utilizado o CBD para o controle dessas dores. Dessa amostra, 70% não voltaram a usar opioides, relatando que o CBD era capaz de controlar a doença, com a vantagem de não vir acompanhado dos efeitos colaterais que os opioides causam.
Pesquisa científica sobre o uso do CBD no tratamento de problemas respiratórios oriundos da Covid-19
Em setembro de 2020 pesquisadores da Augusta University publicaram um estudo promissor no jornal “Cannabis and Cannabinoids Research“, cujos resultados sugerem a eficácia do CBD no tratamento do desconforto respiratório agudo causado pela Covid-19.
Os testes com CBD foram realizados em pulmões artificiais de laboratório e em camundongos, dividindo 30 roedores em três grupos com 10 camundongos cada. O primeiro grupo recebeu CBD durante três dias, enquanto o segundo grupo recebeu Poly I:C também por três dias e o terceiro grupo recebeu os dois medicamentos pelo mesmo período. No grupo que não recebeu canabidiol a resposta anti-inflamatória do organismo foi reduzida a zero, enquanto os grupos que receberam canabidiol tiveram um aumento da resposta anti-inflamatória no sangue até 20 vezes maior do que no começo do estudo, fazendo com que o corpo “quase voltasse ao normal”, de acordo com o coautor da pesquisa, Jack Yu.
Além de reduzir as inflamações, o CBD também melhorou os níveis de oxigênio e a recuperação dos danos físicos nos pulmões.
Estudo sobre a inalação de CBD como tratamento da ansiedade
Um estudo publicado no Journal of Affective Disorders, feito pela Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos, sugeriu que a inalação do CBD pode reduzir significativamente os índices de ansiedade e depressão, além de baixar os níveis de estresse. Nessa análise foi observada uma redução de 58% da ansiedade imediatamente após o uso do canabidiol e de 50% nos níveis de depressão dos indivíduos testados. Em muitos outros estudos, inclusive comparando o CBD com os medicamentos mais comuns para controle de ansiedade, foi comprovada a eficácia da Cannabis medicinal em reduzir os níveis de ansiedade de pacientes com esses transtornos.
Canadá
Cannabis reduz significantemente o uso de opioides para dores crônicas
A crise dos opioides não é tão presente no Brasil, mas em países como Canadá e Estados Unidos é um grande problema de saúde pública. Em 2021, na Universidade de Victoria, no Canadá, foi conduzido um estudo com 1.145 pacientes de 21 locais diferentes do país, em que 100% dos pacientes começaram a fazer uso de canabinoides para o controle de dores. Desta amostra, 28% já faziam uso de opioides. Após seis meses, a porcentagem de pacientes que ainda faziam uso de opioides caiu para 11% e estes tiveram uma média de 80% de redução da dosagem diária de opioides, uma redução considerável para um grande problema.
República Tcheca
Instituto Internacional de Cannabis e Canabinoides (ICCI), um dos centros de estudo sobre Cannabis mais avançados do mundo
Em 2015 foi inaugurado, em Praga, o Instituto Internacional de Cannabis e Canabinoides (ICCI), com apoio do governo da República Tcheca e de instituições americanas. Desde então, diversas pesquisas científicas importantes sobre o uso dos canabinoides como tratamento de diversas doenças vêm sendo realizadas no país.
Os países mais desenvolvidos nas pesquisas sobre Cannabis medicinal
Embora a China, a grande potência mundial da atualidade, esteja investindo muito em centros de pesquisa sobre Cannabis medicinal e produção de medicamentos contendo canabinoides, os Estados Unidos e o Canadá são os países que hoje estão mais à frente no desenvolvimento científico envolvendo a planta. Mas, não podemos tirar da pauta a importância de Israel, que já desenvolveu inúmeras pesquisas sobre Cannabis medicinal nos últimos 50 anos e deixou uma contribuição incomparável para a ciência nesta área, e hoje colhe os frutos de ter sido o pioneiro nesta evolução. Com o tema se popularizando em todo o mundo, novas descobertas, novos centros de pesquisa e mais desenvolvimento de medicamentos contendo canabinoides são uma questão de tempo.
Pangaia – disseminando informações e tornando a Cannabis medicinal acessível
Outras milhares de pesquisas também obtiveram resultados positivos no uso da Cannabis medicinal para o tratamento de diversas doenças, e o uso desta substância natural em sua forma medicinal já é realidade em todo o mundo, mas ainda há um longo caminho no combate à desinformação e nas descobertas científicas envolvendo a planta e seus benefícios.
A Pangaia Trading Company é uma multinacional norte-americana que atua no mercado brasileiro como comerciante de produtos à base de Cannabis medicinal. Com sede na Flórida, a companhia se destaca pela qualidade de seus produtos.
Uma das nossas prioridades é difundir informações referentes às inúmeras pesquisas científicas e o universo da Cannabis como forma de tratamento natural.
Por isso, se você tem alguma dúvida sobre esse tipo de tratamento, não hesite em nos contatar. Temos profissionais atuando há mais de 15 anos na área, além de médicos associados prontos para te auxiliar.
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